Notícia
Fonte: https://bvsms.saude.gov.br

O Dia Nacional do Diabetes, celebrado em 16 de junho, anualmente, é uma data comemorativa em saúde criada com o objetivo de promover a conscientização sobre os riscos da doença, suas complicações, prevenção e controle.
Diabetes é uma doença causada pela produção insuficiente ou pela má absorção da insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o funcionamento do organismo.
A insulina é um hormônio que tem a função de quebrar as moléculas de glicose (açúcar) transformando-a em energia para manutenção das células do corpo.
Quando a insulina não é produzida adequadamente ou não consegue realizar suas funções, o nível de açúcar aumenta e pode provocar complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em casos mais graves, o diabetes pode levar à morte.
Tipos de diabetes:
– Tipo 1: causada pela destruição das células produtoras de insulina, em decorrência de defeito do sistema imunológico em que os anticorpos atacam as células que produzem a insulina. Ocorre em cerca de 5 a 10% dos diabéticos.
– Tipo 2: resulta da resistência à insulina e de deficiência na secreção desse hormônio. Ocorre em cerca de 90% dos diabéticos.
– Diabetes gestacional: é a diminuição da tolerância à glicose, diagnosticada pela primeira vez na gestação, podendo ou não persistir após o parto. Sua causa exata ainda não é conhecida.
– Outros tipos: são decorrentes de defeitos genéticos associados com outras doenças ou pelo uso de medicamentos. Podem ser: defeitos genéticos da função da célula beta; defeitos genéticos na ação da insulina; doenças do pâncreas exócrino (pancreatite, neoplasia, hemocromatose, fibrose cística, etc.); induzidos por drogas ou produtos químicos (diuréticos, corticoides, betabloqueadores, contraceptivos, etc.).
Sintomas:
Diabetes tipo I e tipo II têm em comum sintomas como fome e sede excessiva e vontade de urinar muito mais vezes ao dia.
No tipo I, podem ocorrer, ainda:
– Perda de peso;
– Fraqueza;
– Fadiga;
– Mudanças de humor;
– Náusea e vômito.
E no tipo II:
– Formigamento nos pés e mãos;
– Infecções frequentes na bexiga, rins e de pele;
– Feridas que demoram para cicatrizar;
– Visão embaçada.
Quando os níveis de glicemia se mantém elevados de forma prolongada, ou seja, quando o diabetes não está sendo controlado, podem ocorrer complicações, como:
– Retinopatia diabética: lesões que aparecem na retina do olho e causam pequenos sangramentos que podem provocar a perda da acuidade visual.
– Nefropatia diabética: alterações nos vasos sanguíneos dos rins fazem com que haja a perda de proteína na urina; o órgão pode reduzir sua função lentamente, porém de forma progressiva, até sua paralisação total.
– Neuropatia diabética: os nervos ficam incapazes de emitir e receber as mensagens do cérebro, provocando sintomas como: formigamento, dormência ou queimação nas pernas, pés e mãos; dores locais e desequilíbrio; enfraquecimento muscular; traumatismo dos pelos; pressão baixa; distúrbios digestivos; excesso de transpiração e impotência.
– Pé diabético: ocorre quando uma área machucada ou infeccionada nos pés desenvolve uma úlcera (ferida). Seu aparecimento pode ocorrer quando a circulação sanguínea é deficiente e os níveis de glicemia são mal controlados. Qualquer ferimento nos pés deve ser tratado rapidamente para evitar complicações que podem levar à amputação do membro afetado.
– Infarto do miocárdio e acidente vascular: ocorrem quando os grandes vasos sanguíneos são afetados, levando à obstrução (arteriosclerose) de órgãos vitais como o coração e o cérebro.
– Infecções: o excesso de glicose pode causar danos ao sistema imunológico, aumentando o risco para a pessoa com diabetes contrair algum tipo de infecção. Isso ocorre porque os glóbulos brancos (responsáveis pelo combate aos vírus, bactérias, etc.) ficam menos eficazes com a hiperglicemia. O alto índice de açúcar no sangue é propício para que fungos e bactérias se proliferem em áreas como boca e gengiva, pulmões, pele, pés, genitais e local de incisão cirúrgica.
Tratamento:
Os pacientes que apresentam diabetes do tipo 1 precisam de injeções diárias de insulina para manterem a glicose no sangue em valores considerados normais.
Para essa medição, é aconselhável ter em casa um aparelho chamado glicosímetro capaz de medir a concentração exata de glicose no sangue durante o dia-a-dia do paciente.
Os médicos recomendam que a insulina deva ser aplicada diretamente na camada de células de gordura, logo abaixo da pele. Os melhores locais para a aplicação da insulina são barriga, coxa, braço, região da cintura e glúteo.
Além das injeções de insulina para baixar o açúcar no sangue, alguns medicamentos via por oral podem ser incluídos no tratamento, de acordo com a necessidade de cada caso.
Já para os pacientes que apresentam diabetes tipo 2, o tratamento consiste em identificar o grau de necessidade de cada pessoa e indicar, conforme o caso, medicamentos que impeçam a digestão e a absorção de carboidratos no intestino e que estimulem a produção de insulina pelo pâncreas.
O diabetes tipo 2 normalmente vem acompanhado de outros problemas de saúde, como obesidade, sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados e hipertensão. É essencial manter o acompanhamento médico para tratar, também, dessas outras doenças.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para o diabetes e seis medicamentos são financiados pelo Ministério da Saúde e liberados nas farmácias credenciadas.
Prevenção e controle:
Pacientes com história familiar de diabetes devem ser orientados a:
– Manter o peso normal; não fumar; controlar a pressão arterial; evitar medicamentos que potencialmente possam agredir o pâncreas; praticar atividade física regular.
Pacientes com diabetes já diagnosticada devem ser orientados a:
– Realizar exame diário dos pés para evitar o aparecimento de lesões; manter uma alimentação saudável; utilizar os medicamentos prescritos; praticar atividades físicas; manter um bom controle da glicemia, seguindo corretamente as orientações médicas.
Comportamentos saudáveis evitam não apenas o diabetes, mas outras doenças crônicas, como o câncer.