Notícia
Fonte: saude.gov.br

O “Dia Mundial da Saúde Digestiva” foi proclamado em 2003, no 45º aniversário da World Gastroenterology Organization (WGO), fundada em 29 de maio de 1958.
Todos os anos, a WGO celebra a data com uma campanha global de saúde pública para conscientizar sobre a prevenção, prevalência, diagnóstico, gestão e tratamento de doenças e distúrbios digestivos.
O tema de 2025 enfatiza a importância da nutrição em todos os sentidos — por meio de dietas balanceadas, hidratação e hábitos alimentares conscientes. Também convida pessoas de todas as áreas a se envolverem em conversas sobre saúde digestiva e compartilharem suas perspectivas únicas. Juntos, é possível promover a detecção precoce, os cuidados preventivos e as soluções inovadoras para os desafios da saúde digestiva, criando um futuro mais saudável para todos.
A saúde digestiva constitui a base do bem-estar geral, influenciando não apenas a vitalidade física, mas também o equilíbrio mental e emocional. O sistema digestivo absorve nutrientes essenciais que alimentam as funções do corpo e contribuem para a saúde a longo prazo. Ao priorizar alimentos nutritivos e fazer escolhas de estilo de vida conscientes, os indivíduos podem manter proativamente sua saúde digestiva, reduzir o risco de distúrbios gastrointestinais e melhorar sua qualidade de vida geral.
De acordo com dados da Organização Mundial de Gastroenterologia, 20% da população apresentam algum problema intestinal, porém, 90% não procuram orientação médica para resolvê-lo adequadamente.
Nos países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, os tumores de estômago estão entre os mais incidentes. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o quarto mais comum entre homens e o sexto entre mulheres.
Ainda, segundo o INCA, as estimativas de novos casos de câncer de estômago demostram: 21.230, sendo 13.340 em homens e 8.140 em mulheres (2022 – INCA) e número de mortes: 14.260, sendo 9.007 homens e 5.252 mulheres (2021 – Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM).
Para o câncer de intestino, foram estimados: 45.630 novos casos, sendo 21.970 em homens e 23.660 em mulheres (2022 – INCA); e número de mortes: 21.262, sendo 10.662 homens e 10.598 mulheres (2021 – Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM).
O aparelho digestivo é composto por boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus. Os órgãos acessórios da digestão são os dentes, a língua, as glândulas salivares, o fígado, a vesícula biliar e o pâncreas. Os dentes auxiliam no rompimento físico do alimento e a língua auxilia na mastigação e na deglutição. Os demais, nunca entram em contato direto com o alimento, mas produzem ou armazenam secreções que passam para o tubo digestivo e auxiliam a decomposição química do alimento.
A principal explicação para o surgimento de doenças do trato digestivo envolve o estilo de vida das pessoas. Isso inclui:
– Sedentarismo;
– Sono insuficiente (hábito muito associado ao uso de eletrônicos);
– Tabagismo e alcoolismo;
– Estresse excessivo;
– Alimentação inadequada, como o consumo de fast food e uma dieta pobre em frutas e verduras.
As enfermidades que mais acometem o aparelho digestivo são Doença do Refluxo Gastroesofágico, úlcera gástrica, gastrite, intolerância à lactose, apendicite, doenças inflamatórias intestinais. Infecções e maus hábitos alimentares são os principais fatores para o desenvolvimento de doenças e tumores na região.
Sintomas mais comuns dos problemas digestivos:
Náuseas, empachamento, azia, retorno do alimento e ou do ácido gástrico, diarreia e ou constipação e dor abdominal – mas, outros sintomas como tosse seca, dor no peito, sinusite, asma, dor de cabeça, déficit de atenção e lesões na pele, que aparentemente podem indicar outro tipo de doença, também são sintomas de problemas digestivos. Irritações frequentes no estômago, dores de barriga, alterações significativas nas fezes, e até mesmo, o mau hálito ou alterações na boca, sem motivo aparente, merecem atenção.
Tratamento:
Todo tratamento contra patologias no trato gastrointestinal deve envolver mudanças alimentares para garantir o nível de calorias e nutrientes adequado. Para isso, os médicos devem analisar cada quadro e propor soluções específicas.
Prevenção de doenças digestivas:
Mudanças de hábitos simples podem prevenir algumas delas. Gastrite e doença do refluxo podem ser prevenidas evitando a ingestão em excesso de condimentos, gorduras, frituras e de cafeína. Evitar ingerir líquidos enquanto come, melhorar a mastigação, fazer higiene adequada dos alimentos, não comer e deitar-se imediatamente, evitar excessos alimentares, principalmente à noite, são alguns hábitos que podem ajudar a melhorar a saúde digestiva.
Também é recomendado fazer exames de rotina e consultar o médico periodicamente para analisar as condições de saúde. Ainda, é importante conhecer o histórico médico da família para ajudar no rastreio de doenças do trato gastrointestinal.